quinta-feira, 29 de julho de 2010

Grand' Hotel



Aproveitando este romantismo que tem tomado conta de mim, o que é um fato raro, e justamente por isso tenho aproveitado, posto uma das maiores preciosidades da música brasileira.
Estava malhando hoje pela manhã e ao entrar na sala de alongamento meus ouvidos foram agredidos com todo questionamento, indignação, precipitação, conveniência e certeza que esta música contém. Ao passo que alongava aqui, esticava lá, ia digerindo toda verdade profetizada nela, concluindo pela milionésima vez que, de nada adianta acelerar-mos as coisas pra faze-las acontecer, pois tudo só acontece em seu tempo.
E entrando no clima da canção, desafio mais uma vez: "Será preciso ficar só pra se viver?"
Será...

Grand' Hotel
Kid Abelha
Composição: George Israel / Paula Toller / Lui Farias


Se a gente não tivesse feito tanta coisa,
Se não tivesse dito tanta coisa,
Se não tivesse inventado tanto
Podia ter vivido um amor Grand' Hotel.

Se a gente não dissesse tudo tão depressa,
Se não fizesse tudo tão depressa,
Se não tivesse exagerado a dose,
Podia ter vivido um grande amor.

Um dia um caminhão atropelou a paixão
Sem teus carinhos e tua atenção
O nosso amor se transformou em "Bom Dia"...

Qual o segredo da felicidade?
Será preciso ficar só pra se viver?
Qual o sentido da realidade?
Será preciso ficar só pra se viver?

Se a gente não dissesse tudo tão depressa,
Se não fizesse tudo tão depressa,
Se não tivesse exagerado a dose,
Podia ter vivido um grande amor.

Ficar só
Só pra se viver...
Ficar só
Só pra se viver.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Saudade: Solidão acompanhada


Por Vitor Nascimento*

Sonhei contigo esta noite e percebi quão sofrido é não estar mais ao teu lado.
Sinto falta de teu cheiro, desejo tua companhia nessas noites frias, imagino o calor de teu corpo.
De tudo isso sinto saudades...
Procuro traços seus em outras pessoas, mas você não está.
Novamente sinto saudades...
Talvez seja como a canção de Jorge Versilo: "É fácil de entender, difícil de explicar..." Mas Eu...
Te amo por ter sido teu
Te amo pela companhia dos momentos de solidão longe de todos
Te amo por você ter me amado
Te amo por todas as vezes que olhava pra mim e me via
Te amo por que agora ainda sinto que te amo e me sinto bem
Te amo, ainda mais, pela tua sabedoria, de ter saido de minha vida quando ela precisava de você
Amo ter comigo fotos suas
Amo abrir meu guarda roupa e ver as roupas de nossos encontros
Amo tomar banho, fechar os olhos, e te imaginar comigo enquanto a água cai
Amo te Amar
Incrivelmente Amo a distância física entre nós, mesmo sabendo que foi por causa dela, que não estamos mais
Amo a saudade em mim
Desejo a saudade em você
E adaptando "saudade" de Pablo Neruda, digo:
"Amo Amar um passado que ainda não passou
Recuso amar um presente que ainda me machuca
e anseio amar um futuro que nos convida..."
Você está em mim
E é esta saudade que faz com que meus dias sejam melhores
Sei que amor não se agradece, retribui
Porém pra ti, me foi dada a licença de agradecer-te, pois quem já sentiu o amor, já sentiu também a saudade e logo sabe, que a saudade, é desejada por uma única pessoa em todo mundo: A QUE NUNCA AMOU!
Obrigado!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

FERNANDO PESSOA


Como é bom ser ridículo!
Outro dia minha irmã estava lendo para mim e um amigo nosso, seu diário, escrito quando era ainda adolescente. Quantas gargalhadas demos. Riamos sem parar durante bom tempo e nos divertimos com as histórias ali contidas. Era a história dela, nas páginas de um diário de uma adolescente que vivia intensamente suas angústias amorosas, seus dissabores com o(s) rapaz(es) que tirava(m) seu sono. Era paixão, desejo, fantasia, música, convivência, tudo misturado com um único sentimento: o amor.
Quanto drama naquelas palavras. Mas parece que para sentir o amor é necessário ter dor, lágrima, sofrimento, desilusão... Ela contou-nos algumas histórias de seus amores perdidos e não alcançados, mas se lembrar-mos da vida de alguns de nossos poetas apaixonados, encontraremos muitas semelhanças, principalmente no quesito drama! Eles adoravam dramar, apresentar em seus escritos, na maioria deles cartas, suas desilusões amorosas pela(o) amada(o) que não correspondia ao seu sentimento, usando pseudônimos para lhes dar mais coragem em dizer o que pensavam por elas ou eles.
Minha irmã, os poetas, todos eles, de alguma maneira, não tinham receio em dizer o que estavam sentindo, apenas queriam expressar seus desejos. Sendo ridículos, mas era paixão, amor, instinto, vontade...
"Eram cartas de amor como as outras ridículas"...
Escrevi também cartas de amor. Muitas, várias. Não me sentia ridículo, estava apaixonado, fascinado pela beleza que meus olhos insistiam em querer ver, e por esta beleza escrevia para saciar meus desejos reprimidos. Hoje é que percebo como fui bobo por não ter usado pseudônimos como os poetas... Seria delicioso e mais fácil lidar com toda aquela loucura. Se assim tivesse feito, saberia de alguma maneira o que aquilo tudo significara para o destinatário e, com toda certeza, sofreria bem menos.
Infelizmente não aconteceu, mas amei... E como amei.
Amores impossíveis, destes que só vemos em poemas, músicas, que quando você vê a pessoa amada não consegue dizer uma só palavra. Ou quando seu prazer maior é tão somente estar perto dela(e), ou até mesmo sonhar com o dia em que tudo que você deseja torne-se real.
Eu amei certa vez e acredito que dessa mesma maneira muitos já se encontraram. Escutava uma música e pensava, tomava banho pensando, lanchava pensando, assistia a um filme pensando, enfim, quase todas as atividades eram voltadas para a pessoa amada. Hoje eu percebo, que muito do que sou, atribuo a aquela experiência amorosa, que, quando menos esperei aconteceu e fiquei em estado de êxtase, chorando pelo caminho de casa, sem acreditar, que tudo era bom de mais pra ser verdade. E tudo tá guardado em meu coração e numa carta de amor guardada até hoje.
Pareço ridículo? Sei que fui, mas quem nunca foi?!

FERNANDO PESSOA concorda comigo:

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem não tem?


Sabe aquele dia que você tem vontade de mandar todo mundo se fuder? Hoje é o meu!
Ainda bem que tenho um espaço pra fazer isto, sem que soe grosseiro. Esta não é minha intenção. Só quero poder fazer e dizer o que tenho vontade, e só.
Inventaram o blog para não precisarmos visitar psicólogo. Fazemos aqui, o que nos pedem para fazer lá no divã: FALAR!
Falo o quanto quero, o que quero, quando quero, pra quem quer que seja. Este é meu espaço e uso o verbo querer em demasia por que é dele que sai o que sou: o ser livre, feliz, pensante, sorridente, contagiante, amigo, sincero, família, enfim, Vitão.
Não mandei ninguém se fuder ainda hoje, como nunca o fiz sem motivo, mas estamos apenas no início do dia, e se a vontade persistir até o final dele...

Querido diário...


Definitivamente, chega uma hora que se cansa.
Chega uma hora em nossas vidas, que não suportamos mais o peso de certas coisas. Cansamos. Esgotamos...
Minha nossa... quem foi que disse que devemos fingir pra sermos felizes? Eu desejaria agora seu nome para colocar aqui uma nota de repúdio, uma nota não, um texto de 4 laudas demonstrando toda minha insastifação e raiva, tudo que sinto neste momento. Este cara ou esta mulher só pode ser um(a) idiota qualquer, não mais idiota que nós por estarmos seguindo disciplinarmente tudo o que ele(a), estupidamente definiu como certo.
Mais são as regras sociais não são? O tal do controle social imposto pela igreja, família e sociedade. Tudo que "não" podemos fazer. Ações, atitudes e comportamentos que desde pequenos nos ensinaram a evitar a todo custo. A ter medo. A atravessar a rua caso encontre o "bicho papão". E assim vamos levando nossas vidas, acreditando que tudo que nos foi ensinado durante nossa infância e um pouco da adolescência são as verdades.
Mentira! Uma porra de uma mentira bem contada! Não pode um caralho. Sinal fechado, porta trancada, guarda roupa, tudo criado para seres humanos fracos, limitados, covardes. Eu digo: extrapole, invada o sinal, derrube a porta, saia e mostre sua cara. Quero ver quem vai te dizer que não pode, quando teu interior gritar por socorro? Quando ele gritar por liberdade? Quando ele tremer de raiva e indignação?
A verdade que existe nesta vida é a nossa, porque ninguem nos entende melhor do que nós mesmos. Somos nós que choramos pelas feridas abertas em nosso ser. Ou foi você que escolheu ser como é? Ter o corpo, cabelo, condição financeira, cor da pele, sexo? Foi você que teve o privilégio de escolher sua família biológica? foi? Responda?
A dor é um sentimento egoísta. Só a conhece quem a sente! E por que então as pessoas querem determinar como devemos ser, nos comportar, quais atitudes tomar se, as principais coisas de nossas vidas, não fomos nós que escolhemos?
Outro dia afirmava categoricamente: "Ser ou não ser não é a questão, mas a solução! Ser isto ou aquilo não determina nada em nós. Somos inteiros e não metades. Somos inteiros na espera de outra parte tão completa como nós, que só aparecerá quando a verdade que há em nós for apresentada, primeiro pra nós mesmos, depois para nós de novo. Isto, porque, não devemos nada a ninguém.
As mascáras que nos pedem para usar, só servem para desenvolver angústias, sofrimentos, lágrimas. Mentem para nós durante toda uma vida, e trilhando este caminho de farsas, vamos levando nossas vidas mentindo ainda mais, fingindo ainda mais, insastisfeitos ainda mais.
Entretanto, chega uma hora que se cansa. A minha tá chegando, tô quase em meu limite de tolerância. Uso algumas mascáras para não deixar que uma certa verdade, vista por muitos, seja revelada para alguns. Mas tá chegando a hora de usar o remédio para curar a ferida, e este é a verdade. A minha e a sua verdade. Afinal, somente nós, nos conhecemos como somos.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Descontraindo... kkkkkk

Mhel Marrer, muito bom!


PARA ESCREVER


Tem hora?
Que nada. Para escrever basta ter vontade e nada mais. São tantas as motivações: lugar, por quê, sentimento, desculpa, dor, alegria, morte, vida, família, Deus, amigos, esporte, universidade, relacionamento, clima, festa, alcóol, água, cidades, lugares, lembranças, perfume, comida, esportes, acontecimentos, música, celebridades, escolhas, vizinhos, desejos, repressões, sexualidade, foto, transportes, sonhos, passado, presente, futuro, sorrisos, lágrimas, hoje, amanhã, agora.
Tudo nos faz querer escrever. Todas as coisas precisam ser ditas, propagadas, exploradas. Basta deixar exalar em você o desejo de atingir, primeiro a você, depois o próximo, daí já era, tudo acontecerá.
Esteja aberto a tudo ao seu redor para que sua sensibilidade seja seu guia, sua bússola. Quem pratica a arte da escrita sabe quão libertador o é. Parece que por um breve momento, ficamos sob efeito de hipnose e quanto mais procuramos juntar as palavras para formar as frases, mas elas afloram em nós. Minha nossa... é delicioso!
Escrever e prazer, sinônimos, que em meu dicionário, quer dizer orgasmo.

O insustentável preconceito do ser!


Por Rosana Jatobá*

Era o admirável mundo novo! Recém-chegada de Salvador, vinha a convite de uma emissora de TV, para a qual já trabalhava como repórter. Solícitos, os colegas da redação paulistana se empenhavam em promover e indicar os melhores programas de lazer e cultura, onde eu abastecia a alma de prazer e o intelecto de novos conhecimentos.
Era o admirável mundo civilizado! Mentes abertas com alto nível de educação formal. No entanto, logo percebi o ruído no discurso:
- Recomendo um passeio pelo nosso "Central Park", disse um repórter. Mas evite ir ao Ibirapuera nos domingos, porque é uma baianada só!
-Então estarei em casa, repliquei ironicamente.
-Ai, desculpa, não quis te ofender. É força de expressão. Tô falando de um tipo de gente.
-A gente que ajudou a construir as ruas e pontes, e a levantar os prédios da capital paulista?
-Sim, quer dizer, não! Me refiro às pessoas mal-educadas, que falam alto e fazem "farofa" no parque.
-Desculpe, mas outro dia vi um paulistano que, silenciosamente, abriu a janela do carro e atirou uma caixa de sapatos.
-Não me leve a mal, não tenho preconceitos contra os baianos. Aliás, adoro a sua terra, seu jeito de falar....
De fato, percebo que não existe a intenção de magoar. São palavras ou expressões que , de tão arraigadas, passam despercebidas, mas carregam o flagelo do preconceito. Preconceito velado, o que é pior, porque não mostra a cara, não se assume como tal. Difícil combater um inimigo disfarçado.
Descobri que no Rio de Janeiro, a pecha recai sobre os "Paraíba", que, aliás, podem ser qualquer nordestino. Com ou sem a "Cabeça chata", outra denominação usada no Sudeste para quem nasce no Nordeste.
Na Bahia, a herança escravocrata até hoje reproduz gestos e palavras que segregam. Já testemunhei pessoas esfregando o dedo indicador no braço, para se referir a um negro, como se a cor do sujeito explicasse uma atitude censurável.
Numa das conversas que tive com a jornalista Miriam Leitão, ela comentava:
-O Brasil gosta de se imaginar como uma democracia racial, mas isso é uma ilusão. Nós temos uma marcha de carnaval, feita há 40 anos, cantada até hoje. E ela é terrível. Os brancos nunca pensam no que estão cantando. A letra diz o seguinte:
"O teu cabelo não nega, mulata
Porque és mulata na cor
Mas como a cor não pega, mulata
Mulata, quero o teu amor".
"É ofensivo", diz Miriam. Como a cor de alguém poderia contaminar, como se fosse doença? E as pessoas nunca percebem.
A expressão "pé na cozinha", para designar a ascendência africana, é a mais comum de todas, e também dita sem o menor constrangimento. É o retorno à mentalidade escravocrata, reproduzindo as mazelas da senzala.
O cronista Rubem Alves publicou esta semana na Folha de São Paulo um artigo no qual ressalta:
"Palavras não são inocentes, elas são armas que os poderosos usam para ferir e dominar os fracos. Os brancos norte-americanos inventaram a palavra 'niger' para humilhar os negros. Criaram uma brincadeira que tinha um versinho assim:
'Eeny, meeny, miny, moe, catch a niger by the toe'...que quer dizer, agarre um crioulo pelo dedão do pé (aqui no Brasil, quando se quer diminuir um negro, usa-se a palavra crioulo).
Em denúncia a esse uso ofensivo da palavra , os negros cunharam o slogan 'black is beautiful'. Daí surgiu a linguagem politicamente correta. A regra fundamental dessa linguagem é nunca usar uma palavra que humilhe, discrimine ou zombe de alguém".
Será que na era Obama vão inventar "Pé na Presidência", para se referir aos negros e mulatos americanos de hoje?
A origem social é outro fator que gera comentários tidos como "inofensivos" , mas cruéis. A Nação que deveria se orgulhar de sua mobilidade social, é a mesma que o picha o próprio Presidente de torneiro mecânico, semi-analfabeto. Com relação aos empregados domésticos, já cheguei a ouvir:
- A minha "criadagem" não entra pelo elevador social !
E a complacência com relação aos chamamentos, insultos, por vezes humilhantes, dirigidos aos homossexuais ? Os termos bicha, bichona, frutinha, biba, "viado", maricona, boiola e uma infinidade de apelidos, despertam risadas. Quem se importa com o potencial ofensivo?
Mulher é rainha no dia oito de março. Quando se atreve a encarar o trânsito, e desagrada o código masculino, ouve frequentemente:
- Só podia ser mulher! Ei, dona Maria, seu lugar é no tanque!
Dependendo do tom do cabelo, demonstrações de desinformação ou falta de inteligência, são imediatamente imputadas a um certo tipo feminino:
-Só podia ser loira!
Se a forma de administrar o próprio dinheiro é poupar muito e gastar pouco:
- Só podia ser judeu!
A mesma superficialidade em abordar as características de um povo se aplica aos árabes. Aqui, todos eles viram turcos. Quem acumula quilos extras é motivo de chacota do tipo: rolha de poço, polpeta, almôndega, baleia ...
Gosto muito do provérbio bíblico, legado do Cristianismo: "O mal não é o que entra, mas o que sai da boca do homem".
Invoco também a doutrina da Física Quântica, que confere às palavras o poder de ratificar ou transformar a realidade. São partículas de energia tecendo as teias do comportamento humano.
A liberdade de escolha e a tolerância das diferenças resumem o Princípio da Igualdade, sem o qual nenhuma sociedade pode ser Sustentável.
O preconceito nas entrelinhas é perigoso, porque , em doses homeopáticas, reforça os estigmas e aprofunda os abismos entre os cidadãos. Revela a ignorância e alimenta o monstro da maldade.
Até que um dia um trabalhador perde o emprego, se torna um alcoólatra, passa a viver nas ruas e amanhece carbonizado:
-Só podia ser mendigo!
No outro dia, o motim toma conta da prisão, a polícia invade, mata 111 detentos, e nem a canção do Caetano Veloso é capaz de comover:
-Só podia ser bandido!
Somos nós os responsáveis pela construção do ideal de civilidade aqui em São Paulo, no Rio, na Bahia, em qualquer lugar do mundo. É a consciência do valor de cada pessoa que eleva a raça humana e aflora o que temos de melhor para dizer uns aos outros.
PS: Fui ao Ibirapuera num domingo e encontrei vários conterrâneos... Rosana Jatobá


*Rosana Jatobá é jornalista, graduada em Direito e Jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, e mestranda em gestão e tecnologias ambientais da Universidade de São Paulo. Também apresenta a Previsão do Tempo no Jornal Nacional, da Rede Globo.

quinta-feira, 22 de julho de 2010


Em nossas vidas, na maioria das vezes, sempre tem alguém em nossa convivência que é responsável por certas tomadas de decisões que, para o bem ou para o mal, acabamos por acatar.

Porque eu tô dizendo isso? Por que no post anterior, que é sobre o meu retorno ao blog, eu poderia não identificar o resposável pelo meu retorno, já que, pouco importa para as pessoas quem seja. Até eu mesmo poderia não considerar-lo como a pessoa que me fez voltar a ter uma vida blogeira, mas não, sou honesto, sincero e sei reconhecer capacidades sempre que elas passam por mim.

Acredito ser interessante contar como tudo aconteceu...

Um belo dia, quando estava de bobeira no msn, resolvi parabenizar um amigo, que há muito tempo não mantinhamos contato. Estudamos juntos por quase dois anos no Colégio Polivalente de Jequié, e, de lá pra cá nossa amizade foi se desenvolvendo de uma forma ou de outra. Como o destino quisesse me ver por outras bandas que não em minha amada Jequié, fui estudar em outra cidade e por lá residi por 5 anos.

Os anos foram passando e nosso contato era ainda relevante, pois quase sempre que estava na cidade acontecia de nos encontrar, sem mesmo termos combinado nada. Sempre em festas esses encontros. E ele é do tipo de poucas palavras, timido, debochado, irônico, perspicaz, sarcástico e com todas essas qualidades adoraveis, ele ainda conseguia ser palhaço, pode acreditar. Tem um humor que pouco encontramos por ai. Humor inteligente. Daqueles que te pega de surpresa. Quando fala, faz cara de sério, o que torna ainda melhor.

Sabe aquele olhar despretencioso que parece não dizer nada, mas quando abri a boca faz você rachar de rir? É o dele! O cabra gosta de ser assim, lhe faz bem, alimenta sua alma a ponto de querer ganhar a vida a partir disso. E pode acreditar que ele vai se dar bem. Ele é bom. Quem me conhece sabe bem que não sou de disparar elogios furtivos para qualquer um, ainda mais quando se trata de talento. Mas ele tem.

Você deve estar pensando que estou um tanto quanto exagerado, mas será? Daí eu questiono: Porque valorizamos tanto a má notícia, ou perdemos horas e mais horas falando mal de alguém, quando o mais saudável seria fazer o que estou fazendo agora, que é valorizar o que edifica o espirito e enriquece nossas vidas? Faço, e farei sempre, quando perceber que diante de meus olhos e coração, tenha algo que de fato valha a pena escrever, dizer, espalhar, noticiar.

Embora eu ainda não tenha mencionado seu nome, é possivel que você já o conheça, pois ser possuidor de certas caracteristicas como as mencionadas não é fácil encontrar por ai.

A verdade é que sua curiosidade está fazendo com que você leia este texto até o final, e minha vaidade também precisa ser alimentada... rsrs!

Mas como o meu objetivo aqui é dizer o real motivo que me fez retornar aos escritos do blog, digo que tudo começou quando navegava pelo site Jequié Notícias e vi uma poesia na página principal. Um cigarro acesso e esfumaçando como imagem e o texto ao seu lado. Sensação após ler? Paralisia! Foi impressionante como fui submetido àquele golpe literário. Li, reli e li de novo, e voilà, tirei o chapéu! Poesia de qualidade.

Desse dia em diante minha vida foi tomando rumos diferentes. Aqueles papos sem sentidos no msn do tipo: "e ai cara, como tá a vida? o que tem feito?", foi transfomado em discussões inteligentes e produtivas. Fomos conversando sobre o porque dele ter escondido por tanto tempo este talento? Bateu logo o desejo de ler todas as outras poesias, e claro, rolou uma identificação imediata, principalmente porque estava passando por um periodo condizente com quase tudo exposto nas poesias, e não deu outra: Ideia de lá, ideia de cá, incentivei-o a abrir um blog para divulgar algumas de suas preciosidades e com isso percebi que também eu, poderia voltar a sorrir para os posts de meu blog e aqui estou.

Hoje, Cássio Nery tem seu blog em pleno vapor, continuando escrever tais preciosidades, e eu, grato pela contribuição seu igual desse meu amigo, humildemente me apresentando novamente com a MINHA MARICOTINHA.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

De volta


Rapaz, quem diria que retornaria tão rapido assim?! Pois bem, aconteceu. E claro que isso é otimo, porque agora eu tô entendendo o porque de sentir certo vazio interior.
É neste espaço que minha cabeça funciona em velocidade surpreendente, que as vezes nem eu consigo acompanhá-la. Isso é ainda mais maravilhoso, por que as ideias contidas nela, vão parar todas aqui, como nunca deveriam deixar de estar.
Busquei algumas explicações externas para o fato de ter deixado de ter a minha a vida aqui. Sabe o que aconteceu? Não encontrei. Porquê a explicação não estava fora de mim, mas dentro, em meu interior, em meu coração...
Nada nos faz sentirmo-nos melhores do que expôr nossos pensamentos e opiniões, pelo menos comigo funciona assim. Falar, alívia meu espírito, alimenta minha alma, faz com que meus sonhos sejam possiveis, liberta, exorcisa, ajuda mais, afinal, escolhi ser jornalista para poder falar, falar, falar. E ter um blog é para isso mesmo: FALAR!
É claro que, escutar também me alimenta. Os que me conhecem sabem que bem que sou um exímio ouvinte, um psicólogo até, mas meu elixir é de fato a pronúncia das palavras. O som delas ao sairem de meus lábios fervilha tudo.
Enfim, para não perder de vista a postagem de retorno, fico por aqui, feliz, e grato a DEUS, por me permitir que este dom que me foi dado, seja mais uma vez manifestado.

Abraço a todos e sejam BEM VINDOS!

Já Já de volta...