sábado, 19 de março de 2011

Não acreditei

Sabe quando você assisti a um filme em que o está esperando mais do que qualquer outra coisa no momento e quando o assiste se decepciona? Pois bem. Assim foi eu com o filme de Bruna Surfistinha. A cada cena não acreditava no que via. Quantas distorções, quantas mentiras, quantas coisas essenciais (a meu ver) foram ignoradas, já que, o filme foi baseado pelo livro. Como ela permitiu que isso acontecesse? É serio. Assisti ontem a noite e fiquei meio que em estado de choque com uma Bruna que ninguém encontrará nas paginas de: "O doce veneno do escorpião". Caralho, quantas mentiras foram injetadas no filme para que fosse mostrado uma Bruna injustiçada, massacrada, humilhada. Aparece no filme uma Bruna que não errou em suas decisões, uma Bruna que não valorizou o que a vida lhe deu como brinde que foi o fato de ser adotada por uma família de classe média alta de São Paulo, ou seja, rica, e derepente começou a apresentar certas posturas que vão de encontro a ética e moral social vigente em nossa sociedade e por conta dessas inclinações marginais ela sofreu o que o filme mostrou: desprezo do pai, silêncio dentro de casa e tantas outras coisas. Percebam bem que não estou justificando ou julgando a postura dela ou de seus pais, não é isso. Eles também teem uma parcela gigantesca de culpa por acreditarem que ela so precisasse de grana, roupas de marca, motorista para leva-la e traze-la do colégio e 50 reais por dia somente para lanchar. Eles não deram atenção e carinho suficientes para acolherem ela na família de fato. Foi ai que talvez Raquel tenha desenvolvido o desejo pelo novo, pela aventura, pela liberdade.
O fato é que o filme deixou em mim o desejo de quero mais. Muito mais. Faltou a Bruna que tirou meu sono por uma noite e uma manhã (tempo da leitura integral do livro) e me fez chegar atrasado na faculdade. Esta, definitivamente não está no filme. Lá encontraremos uma Debora Secco impecável, linda e gostosíssima, mas não a Bruna Surfistinha ou Raquel ou a garota de programa mais famosa do país.

2 comentários:

Rogerio Teixeira disse...

Por enquanto não posso discordar de vc mas vou ler o livro (fazer o seu inverso "filme depois livro"). Pelos seus comentarios ja imagino a evidencia do diretor. O que é um remix? Um trabalho SOBRE o trabalho, isso acontece sempre de LIVRO para FILME, FILME para NOVELA, POESIA para MÚSICA. Me senti assim quando assisti O CAÇADOR DE PIPAS depois de ler o livro. Pra mim "UM LIVRO SEMPRE SERÁ MUITO MAIS DO QUE UM FILME"

EFiciente! disse...

Com certeza meu amigo um livro sempre será mais do que um filme. Mas tem filmes que se aproximam tanto do livro que nos sentimos contemplados com a 7ª arte. Este (o filme) de várias formas me decepcionou. Quando terminar a leitura perceberá o que estou sentindo. Você e eu temos aquela boa e bem formada opinião sobre as diversas coisas que nos cercam. Nós questionamos o porque das coisas e não aceitamos somente, como é a postura da grande maioria.
Tenho certeza negão de que vc vai se deliciar com a leitura de um livro tão prazeroso que logo se recordará de nosso blog por ter uma linguagem acessível, comum e inteligente.
Boa leitura!